Eu sou o mensageiro
março 05, 2012 00:48
Postado por Unknown
A menina que roubava livros é mais um daqueles livros que guarda uma surpresa em cada página. Vendido em diversos países, traduzido para vários idiomas, o livro é um best-seller, aclamado pela crítica e pelos leitores... Espera... O título do texto não bate com as informações, né? Então, vamos começar de novo.Markus Zusak, autor de A menina que roubava livros, escreveu, antes de todo o sucesso e reconhecimento, um livro chamado Eu sou o mensageiro - The messenger, na capa original. E, se eu tivesse que definir Eu sou o mensageiro em poucas palavras, eu diria que o livro é fascinante, empolgante e, além de tudo, muito especial.
Ed Kennedy define a si mesmo como um perdedor. 19 anos, e o que ele fez na vida? Nas palavras dele mesmo, ‘porra nenhuma’. Taxista. Gasta os fins de tardes e bons pedaços de noites jogando cartas com os amigos, também uns bons fracassados. Mora com o Porteiro, um cachorro de 17 anos viciado em café, que simplesmente é definido por alguns como a criatura mais fedida da face da Terra. Ed é odiado pela mãe e perdeu o pai alcoólatra há menos de um ano. Ah, tem também a Audrey. Meu Deus, o Ed praticamente baba em cima dela. Completamente apaixonado. Jogam cartas juntos, também. Ela fica com qualquer um, meio que para disfarçar a solidão, basicamente não tem família, e não quer se apaixonar. O Ed acha que é porque ela já sofreu demais. É isso: um perdedor, seus amigos perdedores, a melhor amiga, que ama mais do que tudo, e um cão velho e fedido. Até que Ed impede um assalto a um banco e passa a receber misteriosas cartas de baralho com ‘missões’ escritas.
Imagine uma mulher que é estuprada pelo marido bêbado quase todas as noites e uma criança que vai para frente de casa, chorar e esperar a cama parar de ranger. Imagine que você é o único que sabe disso. Aliás, imagine que você é o único que realmente se importa e que você é a única pessoa do mundo que tem que - ou deve - fazer alguma coisa. O que você faria? Imagine que você tem que visitar uma senhora que mora sozinha, que perdeu o marido e único amor de sua vida na guerra. Você não tem que confortá-la, apenas ler O Morro dos Ventos Uivantes e fingir que é o marido dela que finalmente voltou.
Eu sou o mensageiro dá um verdadeiro tapa na forma como aprendemos a lidar com a vida. Mostra que a maioria das pessoas, até mesmo a mais revolucionária, é movida pelo conformismo. Pelo medo de mudar e, principalmente, pelo medo de agir.
A história é simplesmente apaixonante! Movida pela linguagem simples, pura e informal, possui trechos realmente empolgantes, mas basicamente não deixa de lado as tais 'coisas banais', como o medo de perder o Porteiro para a morte e a vontade desesperada de agarrar a Audrey e valsar uma música lenta e melódica, sem precisar dizer nada, mas amá-la intensamente, como deve ser.
O livro traz ótimas considerações, e devo dizer que as surpresas só vão terminar - mesmo - quando você chegar à última página. Eu sou o mensageiro é rápido e bem humano, uma ótima leitura!
E aí, gostaram? Comentem, pessoas bonitas!
Até mais, o Doug.
E aí, gostaram? Comentem, pessoas bonitas!
Até mais, o Doug.
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5 de março de 2012 às 22:18
Bom, de um modo geral, esse nao é o tipo de história que me chama atenção. Mas fizeste um ótimo trabalho para o público que aprecia!
Obs.: pensei q vcs tivessem parado d postar!! Quase me decepciono d novo, mas obrigado pelo tempo q gastaste para não deixar os fãs na mão ^^
Bruno Kitagawa
6 de março de 2012 às 00:03
Vou te contar uma coisa,bruno:também tenho receio de que vamos parar às vezes.eu mesmo tenho vontade de não fazer mais nenhum texto novo de vez em quando...mas é claro que o tempo "gasto" escrevendo aqui é mais do que válido,então,não se preocupe,continuaremos por aqui,e estamos preparando umas novidades bem legais pra vocês..ah,falei demais..até mais,o doug!
6 de março de 2012 às 08:18
Adorei a resenha, nunca tinha lido sobre o livro, me interessei!
Beijos, Anderson
Hooked for Books
6 de março de 2012 às 14:36
Nunca li nada do autor, estive diversas vezes com A menina que roubava livros na mão e acabei não comprando, simplesmente acho que não é meu tipo de livro e meus amigos que leram não gostaram, acho que fico meio que com o pé atrás.
Agora, Eu sou o mensageiro me interessou bastante, não sei como é a narrativa (afinal foi a narrativa que meus amigos não gostaram em 'a menina') mas a história parece ser muito interessante, mesmo não sendo meu estilo vai para minha lista.
Estou sentindo falta de ler algo humano para variar.
Beijos
Marta
As Palavras Fugiram
7 de março de 2012 às 19:30
Bah, bom ver que vocês não pararam :3 Gostei da resenha, esse é mais um dos livro que eu pretendo ler. Parece ser um daqueles livros que te inspiram a fazer algo de bom pelas pessoas, mesmo que seja simples como ceder o lugar no ônibus ou não jogar lixo no chão. Resenha boa mesmo (:
PS: já que estamos falando de ajudar as pessoas, queria pedir para a equipe (e quem mais quiser) assistir esse vídeo e ajudar a divulgar o projeto: http://www.youtube.com/watch?v=Y4MnpzG5Sqc
Muito obrigada, continuem com o excelente blog :3
10 de março de 2012 às 17:03
Livro ótimo. O engraçado é que não tem nada a ver com o livro que deu fama ao autor, mas é do mesmo jeito cativante. Parabéns pela resenha. Deu até vontade de reler. hehe
26 de junho de 2012 às 13:53
O livro 'A menina que roubava livros' esta na minha lista de livros para ler a muito tempo uahuah Não tinha conhecimento do livro 'Eu sou o mensageiro' e me deu vontade de ler depois desse post, achei o estilo da história parecido com o livro 'O caçador de pipas', um livro que visa o lado humano e que te surpreende no final, como mencionado por vc. Vou acrescentar mais esse livro na minha lista e espero que gostar dele e o de 'A menina que roubava livros'.
Brigadinha pela dica. ^^
=D