Dear Bobbie


Música: Dear Bobbie
Albúm: Paper Walls
Banda: YellowCard*

Em geral, sempre acho histórias de amor bonitas. Ouvir como as pessoas se conheceram e perceber nas palavras delas, o sentimento que elas possuem pela outra. Não é difícil sair por aí e encontrar quem conte tais histórias. Quantas histórias nós mesmos não temos pra contar?



Marley & Eu

Livro: Marley E Eu.
Autor: John Grogan.
Editora: Prestígio.
Páginas: 302.

Sabe, aqui em casa tem um cachorro. Eu não tenho um cachorro.

A verdade é que o Spoock (cachorro da minha casa) é teoricamente do meu irmão e eu nunca fui louca de amores por ele, entende? Para ser sincera não lembro se sequer já lhe fiz um carinho.

Ok, agora você está aí achando que eu sou uma pessoa cruel e sem sentimentos. Escrevendo isso, confesso, até eu me senti assim.

Mas não, esse texto é para provar totalmente o contrário: Eu adoro animais *-*.

E foi por isso que eu resolvi ler “Marley e eu” a uns anos atrás. E a cada página que lia, percebia que era um livro completamente diferente dos demais: não tem romance, não tem suspense, nem ao menos apelo sexual.

“Marley” fala simplesmente de amor, daquele amor puro, real, amor na essência mais natural possível. Aquele que materializaram na frase: O cão é o melhor amigo do homem.
É exatamente isso.

No decorrer do livro, nós nos divertimos, rimos (no meu caso gargalhamos), com todas as grandes trapalhadas daquele cãozinho lindo e terrível.

E apesar de tudo de horrível acontecer com aquela família por conta de Marley, quem lê pensa: eu quero um desses pra mim! Além de não ter dúvida alguma que é uma amizade verdadeira.

"Ele ficaria feliz em saber que sua dívida por todos os colchões estragados, todas as paredes destruídas e objetos engolidos está agora oficialmente quitada".

É inevitável não se envolver, apaixonar. É inevitável não perceber a ligação inexplicável, que muitos julgam bobagem, entre humanos e animais. A sintonia e o companheirismo que muitas relações humanas não possuem, e jamais possuirão.

No fim, eu chorei, chorei... Um misto de alegria, tristeza, saudade que só um bom livro te dá ao acabar.

Sim, eu sei que há muito preconceito em torno de “Marley e eu”, por motivos que a mim parecem tão bobos e idiotas que não foram, nem de longe, suficientes para me impedir de lê-lo ou escrever sobre ele aqui. Para mim, é uma leitura enriquecedora, que te faz uma pessoa um pouquinho melhor, te faz pensar na simplicidade dessa vida caótica e na beleza dos detalhes.

Quem sabe agora eu comece a encarar o cachorro da casa como o meu também?

Sobre o assim folk


“Pelas barbas de Merlin, o que é isso?!”. O então Sr Zimmerman entrara no quarto e descobrira naquele instante que seu filho de quinze anos aprendera a tocar piano e guitarra sozinho. O que não sabia era que afinal estava de frente com um dos maiores ícones da musica folk de todos os tempos.





Robert Allen Zimmerman, Bob Dylan, nascera no Minnesota, Estados Unidos, e sem muita idade dentro das calças já tocava em bares norte-americanos. Letras de protesto sobre a guerra do Vietnã e críticas contra o racismo e direitos civis consagraram o cantor em um inicio de carreira. ‘Blowin’ in the Wind’ tornar-se-ia tempos depois no símbolo dos direitos civis de cada individuo que decidisse requerer direitos sobre o estado.

"Forever Young" marcou um período de letras voltadas para o estado pessoal de espírito, em um momento introspectivo e preso a desalentos amorosos. Versos sobre bêbados errantes pelas ruas e sobre liberdade pessoal também ficavam cravadas nas composições desse período de abandono do folk tradicional e das letras com criticas sociais. Já estávamos nos anos 70, e os críticos musicais não receberam de forma convidativa as novas canções que Dylan expunha.
Já no século XXI Bob Dylan seria reconhecido como um dos maiores artistas de todos os tempos, ficando atrás apenas dos Beatles, e consagraria a musica ‘folk’ desinibida que criara para o resto do mundo.

Neto de judeus imigrantes vindos da Rússia, dos quais Bob Dylan pode ter herdado certo apreço por política e letras de cunho social que usara no inicio da carreira em bares americanos, quando surpreendia maridos aventureiros e bêbados de plantão que acampavam nos bares imundos da cidade.Quem não ficaria aturdido, depois de mais um gole e mais um trago notar um rapazinho dos cabelos assanhados que acabara de sair das fraldas e que já mostrava um grande potencial para letras fortes e músicas de impressionante qualidade sonora?

Ficaria então subentendido que sucesso provém de originalidade, e esta por sua vez da coragem que o jovem Dylan criara para sair de casa e se embrenhar pelas ruas do Minnesota em busca de um novo mundo. 'Like a Rolling Stone' foi eleita em 1997 a melhor música de todos os tempos, barrando sucessos incontestáveis que tenho certeza que te farão reclamar e exclamar como um folk daqueles pode ser considerado melhor que o créu, o rebolation e a invenção do brega.Paciência,nem tudo é perfeito.

Tenho um tio que foi assistir tempos atrás a um espetáculo dos Rolling Stones no Brasil. O show de abertura era do Bob Dylan e da Cássia Eller, e nas palavras do meu tio, ’o show de abertura fez muito mais sucesso do que aquele que eu tinha pagado pra assistir’.

Então, até mais... 

Também escrevo no Diário dos Astronautas