"Sempre olhei a mim nos outros, estava em toda a multidão, sendo muito e tendo pouco, dando muita explicação... Eu quero olhar pra esse mundo, ver o mundo em seu olhar, quero ser, te quero muito, ficar junto e respirar..."   - Sou Dela


Pois sim, o cara de quem venho falar a vocês hoje é um ruivinho charmoso, danado e inteligente, tipo homem multiuso. Cursou matemática na universidade, mas não se formou, já foi baixista da banda Titãs, toca violino, escreveu por muito tempo uma coluna sobre futebol (é são-paulino de alma) no jornal O Estado de São Paulo, já lançou um livro infantil (Meu Pequeno São Paulino), canta divinamente e é um dos 10 compositores com mais direitos autorais do país.

Nando Reis, ou como sua mãe quis que fosse, lá em 1963, José Fernando Gomes dos Reis. Ou só Nando, pra mim que já me sinto íntima. ;)

No ano passado, eu tive o prazer de vê-lo tocar, de pertinho, e emocionada, as músicas que embalaram tantos e tantos momentos da minha vida. Era uma sexta-feira de abril e as coisas andavam meio nebulosas, sabem? Mas, quando o show começou, tudo pareceu ficar melhor.

Dono de letras profundas, melodiosas e muito, muito longas, o que, pessoalmente, adoro, pois sempre gostei de tentar criar um enredo mentalmente, daqueles onde as coisas nem sempre se encaixam perfeitamente, mas que, como mágica, no final fazem sentido, o Nando é daqueles caras que te surpreendem.

Com uma vida regada a álcool e drogas, assim como a maioria de seus colegas dos anos 70 e 80, ele resolveu parar com todos os vícios e tornou-se uma pessoa mais “zen”. Já declarou-se bissexual. Tem uma 'penca' de filhos (4 – Sebastião, Sophia, Zoé e Ismael). Além de ser vovô!



Recentemente, o Nando resolveu me surpreender ainda mais lançando o “Bailão do Ruivão”, com regravações que são taxadas como 'bregas' e ridicularizadas pela classe deste país que se diz 'culta'. No repertório: Você Não Vale Nada, da banda Aviões do Forró; Chorando Se Foi, uma lambada do grupo Kaoma; Frevo Mulher, de Zé Ramalho; Whisky a Go Go, do Roupa Nova etc. Mostrando que, de vez em quando, é bom se livrar de preconceitos e rótulos e curtir, só curtir mesmo.

Toda vez que eu escuto esse álbum, eu penso naqueles momentos que todo mundo passa, com amigos reunidos, rindo da vida, rindo das suas próprias desgraças, cantando a plenos pulmões aquelas músicas que você JUROU jamais saber a letra. ;) E sabe o que mais? Sendo muito, muuuuuito feliz!

É muito difícil enumerar aqui as minhas canções favoritas. Eu amo tantas! E até as que eu nunca ouvi, só de ler as letras já me deixam apaixonada. Mas vou tentar listar algumas que não saem da minha playlist a tempos. Tem: Marvin, N, O Segundo Sol, A Letra A, Espatódea, O Mundo é Bão, Sebastião!, All Star, Relicário, Por Onde Andei, As Coisas Tão Mais Lindas, Sim, Não Vou Me Adaptar, Sou Dela, Quem Vai Dizer Tchau? etc, etc, etc..

Todas, letras lindas, impecáveis, que me fazem refletir, sorrir e, às vezes, derramar umas lagriminhas, confesso, rs. Mas com o Nando é sempre assim mesmo, impossível escutar e não sentir.



“A gente não percebe o amor que se perde aos poucos sem virar carinho. Guardar lá dentro amor não impede, que ele empedre mesmo crendo-se infinito. Tornar o amor real é expulsá-lo de você, pra que ele possa ser de alguém!”
 - Quem Vai Dizer Tchau?


Espero que tenham gostado, meus amores. Comentem aí, a opinião de vocês é sempre fundamental!  XD

Beijos mil, Rainha Branca.

Algumas canções de Nando que são sucessos em outras vozes: Do Seu Lado (Jota Quest), Resposta e Sutilmente (Skank), De Janeiro a Janeiro (Roberta Campos).