As coisas que você lê nos livros podem realmente ser verdade. Sempre que vejo algo misterioso e sombrio me prende a atenção, talvez seja por isso que O Labirinto do Fauno seja um dos meus filmes favoritos: contos de fadas, magia e suspense vão fazer a sua imaginação delirar. Não podemos confiar em todos e as coisas que desejamos podem se tornar realidade. Um dia uma garotinha, outro dia uma princesa.

Tudo acontece na Espanha, cinco anos após a Guerra Civil Espanhola. Então, conhecemos a pequena Ofélia, uma menina de dez anos fascinada por contos de fadas que é levada para morar em um abrigo militar franquista, por sua mãe, grávida, casada com o cruel Capitão Vidal. 

Forçada a estar ali, a menina logo se depara com um inseto, que ela acredita ser uma fada. Logo, a criatura mostra o que realmente é. Instigada por essa fada, que a leva para um labirinto onde vive um fauno, uma criatura metade humana, metade bode. É lá que o Fauno conta para Ofélia a história de uma princesa que viveu há muito tempo atrás em um reino subterrâneo, porém ela abandonou o seu reino para conhecer a realidade humana e, por isso, acabou pagando pelos seus atos. O Fauno convence a garota de que é essa princesa. Assim sendo, a menina, querendo sair daquele cenário violento no qual está vivendo, precisa realizar três provas para voltar a ser princesa. A cada prova, tudo vai ficando mais perigoso, não só nas tarefas do Fauno, mas também na sua nova casa.

Não pense que o filme é para crianças, tem cenas chocantes e violentas, mas nada foge do contexto. Classificado na categoria de suspense, foi dirigido pelo mexicano Guillermo del Toro e venceu três categorias do Oscar, das seis categorias das quais participou. A fotografia e os efeitos são fantásticos, sempre obscuro, passando um clima pesado. O visual do filme é riquíssimo em detalhes, um verdadeiro labirinto de sonho, magia e arte, uma explosão de sentimentos que você não pode perder. 

O Labirinto do Fauno é um filme triste e fascinante. Uma história imaginativa, cheia de medo. Me vi no lugar da pequena Ofélia, tão inocente. Pensei no que faria se estivesse lá e se eu realmente teria coragem parar fazer o que fosse preciso. E acho que não sou só eu que acho esse filme maravilhoso (risos).