Há um tempo, eu vi a propaganda de “Orações para Bobby” na televisão. Fiquei encantada. Só pelo trailer de poucos minutos eu já sabia que se tratava de um filme especial. Não estava errada.



“Antes de fazer eco de ‘Amém’ em suas casas e locais de adoração, pense e lembre-se: Uma criança está ouvindo”.
- Mary Griffthi



Bobby é um adolescente feliz, parte importante de uma família grande, tipicamente norte-americana, daquelas que fazem churrascos no quintal e são extremamente religiosas. Sua mãe, Mary (interpretada brilhantemente pela atriz Sigourney Weaver), é uma cristã fervorosa que trilha seus passos e os de toda sua família baseada na sua interpretação da Bíblia.


Essa é a vida de Bobby, até que esse se descobre gay.

Acompanhamos a partir daí, os sentimentos confusos, a dor, o medo e a agonia de um garoto que sofre por não ser o que todos esperam que ele seja. Acompanhamos tentativas desesperadas e cruéis de curá-lo do que diziam ser uma “doença” passageira. Seu desespero transcende a tela, é quase claustrofóbico. Até seu suicídio aos 20 anos.

Não, a morte de Bobby não é o fim do filme (isso não é um spoiller) é apenas o começo. Começamos a ver sua mãe travando uma luta dura consigo mesma, com todas suas crenças, medos e erros. Uma luta que se inicia com a leitura do diário de Bobby.


Através desse diário, Mary começa a repensar seus atos, suas crenças, compreendendo que as diferenças também são naturais e que amor é sempre amor.


Baseado na história real do jovem Bobby Griffith que levou sua mãe Mary Griffith a tornar-se uma força importante na luta pelos direitos humanos, esse é exatamente aquele tipo de filme que você vê e logo em seguida dá vontade de mostrar para o mundo inteiro. Como o mundo inteiro é muito grande (rs), eu faço a minha parte e mostro a vocês, porque é realmente imperdível, tocante, sábio. E lindo.





Para mim, Orações para Bobby é capaz de gerar mudanças, abrir mentes, almas e corações.
Espero, mesmo, que gostem.

Com amor, Rainha Branca.


P.S: Sei que falar em religião é algo delicado, mas acredito realmente que o filme transcende esse tópico e consegue abordar a realidade de muitos jovens por aí afora, falando apenas do respeito ao próximo. Mandamento tão básico que alguns esquecem tão facilmente. E que basta estar aberto ao vê-lo que você será sensibilizado quase que imediatamente.