O Dia do Curinga
abril 13, 2011 22:20
Postado por Harley Quinn
Destino, filosofia, tempo, humanidade, segredo e amor.
Esses são alguns dos assuntos abordados neste livro.
Oito anos após ter sido abandonado pela mãe, um garoto chamado Hans Thomas, junto com o seu pai, realiza uma viagem pela Europa com o intuito de reencontrá-la. É nesse cenário onde todo o encanto ocorre.
Vivemos nossas vidas num incrível mundo de aventuras, pensei. Apesar disso, a grande maioria das pessoas considera tudo isso "normal".
Livro: O Dia do Curinga
Autor: Jostein Gaarder
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 384
Uma das coisas que apreciei quando li o livro foi o fato dele não relatar apenas uma história, há toda uma volta no tempo. Passamos pelo período de guerra, por uma ilha mágica (onde tudo começa), vamos conhecendo caminhos da terra e do mar, sem mencionar os relatos feitos pelo pai do garoto (um filósofo) sobre a Grécia e a Europa.
Mesmo tendo todo esse percurso, as histórias são todas sincronizadas. Confesso que ao longo do livro fiquei um pouco confusa, mas tudo se resolve. A emoção, de fato, começa quando o garoto encontra um livrinho do tamanho de uma caixa de fósforo dentro de um pão doce, que só consegue lê-lo com uma lupa que recebeu de um anão. O nome do livrinho é : A Bebida Púrpura e a Ilha Mágica. No decorrer de sua viagem vamos acompanhando o Hans lendo o livro, ficamos, assim como ele, curiosos para saber o que vai acontecer e ficamos loucos tentando desvendar os mistérios. Vivenciamos, ao mesmo tempo, vários acontecimentos incríveis.
Enquanto somos crianças, ainda possuímos a capacidade de experimentar intensamente o mundo à nossa volta. Com o passar do tempo, porém, acabamos por nos acostumar com o mundo. Ser criança e se tornar um adulto, pensei, é como embebedar-se de sensações, de experiências sensoriais.
Outro personagem muito importante é o Curinga, claro. Nele são refletidas as exceções da vida. Toda vez que eu lia algo sobre esse personagem, geralmente era ele o malvado e nos jogos, o descartado. Mas, ao ler esse livro, obtive uma visão totalmente diferente. Ficamos até com vontade de ser um. De não pertencer a nada (aos naipes no caso), ser o único, ser diferente, viver com outros pensamentos, só fingir que é bobo...
... a capacidade do homem de se surpreender com a vida jamais terminaria. Está certo que essa capacidade era um dom raro; em compensação, ela jamais se extinguiria por completo. Continuaria aparecendo aqui e acolá, enquanto houvesse uma história e uma humanidade que abrigassem os curingas e suas peripécias. A velha Atenas teve Sócrates; Arendal tinha meu pai e eu, se é que posso dizer isso. E na certa também houve, há e haverá curingas em outros lugares e em outros tempos, mesmo que nós não sejamos tantos assim.
Nos dois livros que vamos acompanhando, tudo se mistura. Felicidade, tristeza, surpresas, decepções, acabamos sentido um pouco do sabor da bebida púrpura (aliás, ela tem sabor de tudo), começamos a ler de trás pra frente (anerol), nossos olhos brilham por causa dos peixinhos coloridos e sentimos também a sensação da dúvida.
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14 de abril de 2011 às 00:19
Huum, livrinho dentro do pão? Interessante. Muito. =) Ficou ótimo o post, bom mesmo. "... maior do que tudo é o amor." Ser diferente, ser atípico e nao pertencer aos muitos dos mundos mesquinhos, parece ser uma boa ideia. Ser o curinga é uma boa cartada. Inverter as coisas, de vez em quando, também é bom. =) rs, beijos
14 de abril de 2011 às 12:46
Eu já li esse livro, fiquei MUITO feliz quando vi ele aqui =DD É do mesmo autor do Mundo de Sofia, e tem vários livros bons, mas o Dia do Curinga é o melhor pra mim... É o tipo de livro que tu começa a ler e não larga até acabar...
muito legal o post ;)
14 de abril de 2011 às 13:44
nossa, nossa que post legal,eu ainda não li o livro, mais com certeza agora vou ler.
você escreve muito BEM Harley, ADOREI rs. :)
14 de abril de 2011 às 13:52
Gosto de ser curinga às vezes :)
14 de abril de 2011 às 19:40
O jeito de como você descreveu algumas partes, foi algo envolvente. Eu tenho certeza que as pessoas que ainda não leram o livro (como eu), mas leram este post, ficaram muito interessadas pela leitura deste... "O Dia do Curinga". Ameii o post Harley Quinn do meu coração!!!
14 de abril de 2011 às 19:50
Adorei o post, mais ainda nao estou convencida de ler o livro. Esse autor nao e o meu preferido, acho ele cansativo ..
Beijos !
14 de abril de 2011 às 21:30
Own Harley! Feliz em ver vc aki amiga *__*
amei o post, eu preciso ler esse livro, agora vc me deu mais coragem de ler !
bjoos *__*
14 de abril de 2011 às 21:44
"Envolvente". Essa é a palavra chave para Harley. Gostei, não gosto do autor, mas descrevendo desse jeito dá até vontade de ler o livro.
14 de abril de 2011 às 23:00
ainda não li,mas com certeza depois dessa descrição não há quem nao queira ler, adorei seu primeiro post Harley Quinn! beiijoos
14 de abril de 2011 às 23:43
Realmente não da pra esconder o seu gosto pela Filosofia e História, sem duvidas esse livro despertou mais paixão em você pela leitura...
beijos... e continue sempre essa pequena (o) que ama os livros.
15 de abril de 2011 às 22:26
Incrivel como vc sabe convencer-me de que um livro aparentemente chato se torne interessante!!!
Muiiito Bom!!!!!!!!
29 de abril de 2011 às 19:11
Muito legal o post, estou começando a ler livros de filosofia e com certeza esse vai para a lista.
14 de abril de 2012 às 22:00
Esse livro nos faz filosofarmos sem percebermos e aprendemos que ser criança não é tão ruim assim, pelo contrário é viver a vida como uma eterna aventura.
Vale a pena ler, é uma história fascinante e que te prende até o fim.
Gostei do post, que me levou a ler o livro.